A professora Cristina Cinto, da FFCLRP, diz que a falta de avaliação desse conteúdo deve fazer dos 60% padronizados a totalidade do conteúdo.
A Base Nacional Comum Curricular para educação básica, aprovada em dezembro de 2017, deve ser implantada até o início do ano letivo de 2020 e revisada a cada cinco anos. As escolas podem ampliar os conteúdos e implantar outros que não estejam estabelecidos nessa base, desde que respeitem a diversidade social e de educação de sua região.
Para a professora Cristina Cinto, do Departamento de Educação, Informação e Comunicação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, a implantação dessa nova Base Nacional Comum Curricular não deve atender às especificidades regionais, que representam 40% do que foi estabelecido. Segundo Cristina, somente 60% dos conteúdos padronizados serão cobrados e a tendência é que as escolas priorizem esse conteúdo.
A professora lembra que as especificidades regionais, culturais, conhecimentos locais, entre outros, são aspectos importantes que garantem qualidade para o tratamento do conhecimento. “O documento tem a padronização como forte característica, isso é intencional e tende a engessar boa parte do currículo que deverá ser trabalhado nas escolas.”
Para concluir, Cristina diz que ainda é cedo para falar em avanços, pois “temos uma visão bastante crítica em relação à base para apontar avanços”.
Ouça a entrevista no link acima.