Estratégia ODS lança metodologia de Incidência e Monitoramento da Agenda 2030

A Rede Estratégia ODS lança uma publicação para fortalecer a atuação das organizações da sociedade civil em prol da Agenda 2030, tanto no âmbito nacional como no local. Chamada de "Incidência e Monitoramento da Agenda 2030", tem...

A Rede Estratégia ODS lança uma publicação para fortalecer a atuação das organizações da sociedade civil em prol da Agenda 2030, tanto no âmbito nacional como no local. Chamada de “Incidência e Monitoramento da Agenda 2030”, tem como objetivo contribuir com a atuação das organizações dessas organizações na década da ação, fortalecendo ainda mais o já excelente trabalho desenvolvido por todas elas no contexto nacional.

A primeira parte da publicação faz um resgate da importância das ações de incidência política e de advocacy por parte do terceiro setor, e como essa atividade se insere no atual contexto político-social brasileiro. Na sequência, aponta caminhos, possibilidades de ação e estratégias em favor de uma agenda ou tema específico, culminando na relação com os ODS, além de demonstrar algumas dificuldades em se trabalhar com esse tema, tendo em vista que a falta de unidade temática dos ODS pode ter um efeito dispersivo como um dos obstáculos a ser superado.

Já a segunda parte adentra em formas de monitoramento, trabalho crucial da sociedade civil na vigilância e no acompanhamento das esferas públicas e privadas. Essa metodologia apresenta os ganhos metodológicos e os desafios distintos dos ODS em relação aos ODM, com uma análise do desempenho nacional na agenda anterior e apresentando parâmetros para monitorar o desenvolvimento sustentável. Procurase assim apresentar os conceitos de forma pragmática, incluindo as diversas opções de qualidade de vida implicadas pela Agenda 2030 que vão além do reducionismo produtivista representado pela questão do Produto Interno Bruno (PIB).

A metodologia de monitoramento propõe uma abordagem flexível e adaptável tanto à diversidade temática das organizações da sociedade civil como aos seus diferentes níveis de atuação. Ela parte do trabalho desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na adequação das metas e dos indicadores ao contexto nacional. Essa etapa foi essencial para o trabalho desenvolvido na sequência, tendo em vista a dificuldade em se quantificar as 169 metas firmadas pela ONU. Dando seguimento, são apontados os critérios essenciais nas escolhas dos dados estatísticos disponíveis e é apresentado um passo a passo a partir da experiência prática desenvolvida pela Fundação Abrinq, com alguns exemplos práticos. Por fim, apontam-se as vantagens e dificuldades em se trabalhar tanto com os registros administrativos como com as pesquisas por amostragem.