O Grande Recomeço – Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável

https://www.youtube.com/watch?v=KJfYpmAhXVU Nesta quarta-feira (24), aconteceu um debate pela internet “O Grande Recomeço – Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável”, com a participação, dentre outros...

Nesta quarta-feira (24), aconteceu um debate pela internet “O Grande Recomeço – Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável”, com a participação, dentre outros palestrantes, do secretário da Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo, Antonio Carlos Malufe e da secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Patrícia Ellen. A “live” foi dividida em três temas principais: Agenda 2030, Desenvolvimento Sustentável e Inovação e Inclusão.

Na abertura, Patrícia Ellen destacou que o Estado de São Paulo tem vários desafios para superar a pandemia, mas há também a oportunidade de repensar o modelo de desenvolvimento econômico. Já o secretário Malufe, que também é presidente da Comissão Estadual dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, apresentou as ações realizadas desde o início da pandemia. “Sistematizamos os decretos, resoluções e as providências de ordem legal que as secretarias estaduais adotaram nesse período.

Em apenas um mês relacionamos 122 ações de ODS e no dia 4 de julho iremos lançar um apublicação com mais de 250 ações de impacto nessa área”, explicou Malufe.

Primeiro bloco

Os primeiros debates tiveram como base as palavras do membro da Estratégia ODS, Sérgio Andrade e do secretário executivo da Rede Brasil do Pacto Global, Carlo Pereira.

Andrade destacou o desafio da retomada, onde o impacto da pandemia não é o mesmo para todas as pessoas. Ele apresentou dados do Fórum Econômico Mundial sobre o comércio mundial que terá queda de 13% a 32%, 80% dos alunos ficaram fora da escola em março de 2020 e sobre aumento no número de desemprego. Sérgio Andrade lembrou o lema das ODS que é de “não deixar ninguém para trás”, e concluiu dizendo: “A mensagem das ODS pode ser traduzida como ‘agenda de proteção social e de olhar especial ao trabalhador’, como garantir emprego e renda decente.”

Já o secretário executivo da Rede Brasil do Pacto Global,  destacou que o momento é uma oportunidade única para fazer as coisas de uma maneira melhor pois o Brasil tem vocação para a sustentabilidade. “Não chegaremos a lugar nenhum sem que tenhamos uma coalizão efetiva e verdadeira entre todos os setores da sociedade (setor privado, governo e sociedade civil)”, disse Pereira.

Ao final do primeiro bloco, o secretário Malufe comentou: “Chegamos em um momento da história que o desenvolvimento sustentável não é mais uma ótima forma de fazer negócio e sim, a única”.

Segundo bloco

Desenvolvimento Sustentável foi o tema do segundo bloco e contou com a participação da presidente da Cetesb, Patrícia Iglesias e da socioambientalista, Natalie Untertell.

Em sua fala, Patrícia focou em três desafios que já estão acontecendo e já mostram a ideia de retomada: a questão da mitigação e desenvolvimento de tecnologias para o efeito das mudanças climáticas; qualidade do ar e a questão da água; e produção e consumo sustentável. Para ela, o desenvolvimento sustentável deve ser sinônimo de eficiência e novas atividades que levem em conta a qualidade de vida e a saúde das pessoas. “Com isso, teremos estratégias importantes para a retomada econômica” completou a presidente da Cetesb.

Por sua vez, Natalie ressaltou que não há tempo a perder pois, até 2030 é preciso reduzir as emissões de gases de efeito estufa pela metade e cessar o desmatamento ilegal. A socioambientalista frisou que as retomadas econômicas sempre provocam “poluição por vingança”, mas tem solução. Como exemplo, ela lembrou que na crise de 2008, a Coréia do Sul investiu em estímulos verdes e se recuperou antes de vários países. “O país que for por esse caminho irá se dar bem”, completou.

Terceiro bloco

O terceiro bloco debateu Inovação e Inclusão e contou com a participação da gerente do Instituto Avon, Mafoane Odara e o fundador e CEO da Colab, Gustavo Maia.

Odara dividiu as pessoas em três grandes grupos nessa pandemia: as que estão esperando a crise passar para a vida voltar ao normal, as que estão com medo de tudo que está acontecendo e as que já entenderam que existe um novo normal. “Toda crise é uma oportunidade para rever relações, estreitar laços e, principalmente, rever prioridades. Este será um recomeço com mais inclusão e redução de desigualdades”, disse a gerente do Instituto Avon.

Para encerrar a “live” Maia falou sobre soluções colaborativas e inovação para o governo, ao citar o triângulo estratégico: legitimidade, capacidade e valor público. “Não tem como a gente pensar em uma volta do desenvolvimento econômico se não conseguir trazer a colaboração e a participação do cidadão em todo processo”, concluiu.